sexta-feira, maio 06, 2005

Soneto do Desmantelo Azul

Então, pintei de azul os meus sapatos
por não poder de azul pintar as ruas,
depois, vesti meus gestos insensatos
e colori, as minhas mãos e as tuas.

Para extinguir em nós o azul ausente
e aprisionar no azul as coisas gratas,
enfim, nós derramamos simplesmente
azul sobre os vestidos e as gravatas.

E afogados em nós, nem nos lembramos
que no excesso que havia em nosso espaço
pudesse haver de azul também cansaço.

E perdidos de azul nos contemplamos
e vimos que entre nós nascia um sul
vertiginosamente azul. Azul.

P.F.


4 Comments:

Blogger sereno said...

De azul me visto para de azul de abracar e de azul te agarrar.
Gosto-te a azul,como tu es...azul.

maio 06, 2005 3:13 PM  
Blogger moon between golden stars said...

Azul

Azul,
O céu e o mar,
Azul,
A cor e o contraste,
Azul,
A tinta com que escrevo
Este meu poema,
Em honra ao incógnito
Azul do teu olhar...
Azul, azul,
A cor deste sonho
Em que o teu olhar
Cruzou o meu!

by myself

maio 06, 2005 11:18 PM  
Blogger isabel mendes ferreira said...

Bom dia em arco solar e aquele abraço que espero chegue ao Tamisa. bjo.

maio 07, 2005 10:02 AM  
Blogger Unknown said...

Há mares de várias cores: azuis, verdes, amarelos, brancos e vermelhos. Alguns nas suas próprias cores outros só de nomes. O importante é que, em cada um deles, haverá sempre um azul azul. Nem que seja nas profundezas dos seus nomes.
Bjzz
Kraak/Peixinho aka Azul Sempre

maio 09, 2005 1:20 AM  

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